Na última terça-feira
(21/8), a Konami, uma das maiores produtoras de jogos do mundo, anunciou
a versão 2013 do Pro Evolution Soccer. A principal novidade é a presença do Campeonato Brasileiro, com os 20 times da Série A na nova edição do game.
O crescimento econômico
do Brasil, juntamente com a crise na Europa e nos Estados Unidos, fez
com que muitas empresas voltassem seus olhos para a América Latina, como
forma de manter suas vendas em um bom ritmo. E a indústria de jogos
também faz este movimento. Basta lembrar a venda oficial dos três
principais consoles no país (Xbox 360, Playstation 3 e Nintendo Wii).
Até a geração anterior, eles só eram revendidos por meio de importadoras
por aqui.
A chegada do PES 2013 com o Campeonato Brasileiro
incluso é parte desta estratégia de expansão na região. De acordo com
dados da Abragames (Associação Brasileira de Desenvolvedores de Jogos
Eletrônicos), atualmente o mercado de games gera R$ 300 milhões para as
empresas brasileiras. A expectativa é que este número salte para R$ 3
bilhões em 2016. Estes valores mostram todo o potencial deste setor no
país.
- A presenção dos times brasileiros em um dos principais games de futebol é uma ótima oportunidade para divulgar os clubes no exterior
O que chama a atenção, no entanto, é a
informação de que a Konami teve de negociar individualmente com cada um
dos clubes para fechar o contrato. Isso mostra, mais uma vez, como os
times estão na contramão da modernidade. A formação de uma Liga, tanto
para negociar direito de TV, quanto para outros produtos, seria benéfica
para todos.
Os jogos de futebol virtual substituíram
os jogos de futebol de botão (muito legais e com o qual eu me diverti
muito) na preferência das crianças e adolescentes. A maioria dos fãs de
futebol já brincou de controlar seu craque ou time preferido no game. E
poder fazer isso com sua equipe do coração é muito bacana!
Saber usar esta plataforma para vender
seu produto é mais um desafio para os dirigentes dos principais clubes
brasileiros. E eles precisam agir rápido, uma vez que muitos jovens têm
tido o primeiro contato com o futebol por meio dos games. E sem a
presença dos times nacionais, a chance dos garotos escolherem um clube
europeu para torcer é bastante real.
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